Um aprendiz, chegando perto de um pastor de ovelhas, perguntou:
- Senhor, se a ovelha cair num buraco, o que fará?
O pastor respondeu:
- Eu a tiro do buraco e coloco de volta ao rebanho.
- Mas, e se a ovelha se machucar, se estiver ferida? – tornou o aprendiz.
- Eu a curo e coloco de volta ao rebanho. – retrucou o pastor.
O aprendiz pensou demoradamente e indagou, por fim:
- Mas, e se a ovelha fugir para muito longe, léguas e léguas?
O pastor zeloso e experiente, fitando o grande rebanho que pastava no vale, respondeu:
- Eu não posso ir atrás, porque eu não posso deixar todo o rebanho por causa de uma ovelha rebelde . . . Eu mando o cão buscá-la . . .
O pastor da estória é Jesus, nós somos as ovelhas de seu rebanho, o cão representa a dor, que nos resgata.
Mas, o que é a dor ?
“A dor é a ausência do amor”, diz Joanna de Ângelis. Quando nós, ovelhas, nos afastamos dos ensinamentos de Jesus, ou seja, das leis de amor, sofremos as consequências, que é a dor.
Qual a função da dor ?
Auxiliar o progresso da criatura humana.
Quem não se lembra da parábola do filho pródigo? Onde um certo homem tinha dois filhos, que com ele moravam no seu lar. Um dia, o mais moço pediu ao pai que lhe desse a parte da riqueza que lhe pertencia. Porque ele desejava correr mundo, viajar por outras terras, conhecer nova gente . . . O pai então, repartiu com ambos os seus bens, dando a cada um a parte que lhes cabia, de sua fortuna. Alguns dias depois, o filho mais novo, juntando todas as coisas que lhe pertenciam, partiu para um país distante, muito longe de sua terra natal. O outro ficou ao lado do pai. Esse moço, mal chegou ao país estrangeiro, começou a gastar, sem cuidado, todo o dinheiro que possuía. Depois de gastar tudo, aconteceu uma grande fome naquele país, e ele começou a passar necessidades. O rapaz, então, buscou um homem para pedir-lhe ajuda. Este o mandou para seus campos para guardar porcos; ali o rapaz desejava fartar-se dos frutos que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Os porcos comiam melhor do que ele. Diante de tanto sofrimento, o rapaz arrependeu-se sinceramente de sua ingratidão e de seus dias vividos no erro e no vício e assim voltou para a casa do pai. A dor (o cão) o resgatou, o trouxe de volta para perto do pai. E esse o recebeu de braços abertos. É assim que o Pai faz conosco. Ele nos enviou Jesus para nos conduzir pelo caminho sem espinhos. E dá o livre arbítrio para escolhermos o caminho que quisermos trilhar. Mas, muitos de nós nos afastamos dele na ilusão de buscarmos falsas alegrias do mundo. Daí, a dor e o sofrimento obrigam a fazermos reflexões, mudanças de comportamento e a observarmos que, nascemos para evoluir, e para que isso aconteça, precisamos estar ao lado de Jesus ou dos princípios do bem. E quem não busca evoluir pelo amor será impulsionado a evoluir pela dor. Seja nessa ou em outra encarnação. A lei de plantio e colheita ou ação e reação. Como disse Kardec: “se o homem agisse sempre de acordo com as leis de Deus evitaria para si os males mais amargos e seria feliz sobre a Terra”.
A dor, segundo Emmanuel, é uma luz acesa no apoio da evolução.Pensemos nisso!
Texto de Rudymara
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