Disse Jesus: “AI DE VÓS, ESCRIBAS E FARISEUS, HIPÓCRITAS! POIS QUE DIZIMAIS A HORTELÃ, O COENTRO E O COMINHO, E DESPREZAIS O MAIS IMPORTANTE DA LEI, QUE É: O JUÍZO, A MISERICÓRDIA E A FÉ; DEVEIS, PORÉM, FAZER ESTAS COISAS, SEM DEIXAR AQUELAS.” (Mt 23.23a). Aqui Jesus explica que não adianta pagarmos o dizimo, seja de que forma for, se deixarmos de lado o mais importante que é a “reforma íntima”, a moralização de nossos atos, pensamentos e palavras. Mas infelizmente, existem aqueles que exploram a boa fé das pessoas com promessas e recompensas extraordinárias. Ensinando os fiéis a barganhar com Deus. Isto faz com que alguns vejam o dizimo como uma moeda de troca ou obrigação. Além do mais, como podemos barganhar com Deus usando coisas que são Dele? Então, afirmações como: "VOU DAR O DÍZIMO PARA NÃO FICAR DESEMPREGADO; VOU DAR O DIZIMO PARA NÃO FICAR DOENTE; VOU DAR O DÍZIMO PARA FICAR RICO”, são afirmações errôneas e contrárias aos ensinamentos de Jesus. O dizimo deve ser dado com gratidão sem se pensar em qualquer tipo de retorno da parte de Deus e não deve ser dado simplesmente por medo de não ser abençoado. Devemos observar que encontramos pessoas doentes e saudáveis, desempregados e empregados, pobres e ricos em todas religiões, pagando ou não o dízimo.
O apóstolo Paulo também falou sobre o dízimo e explicou que este deveria ser uma ação de amor, generosidade e alegria: "(...) CADA UM CONTRIBUA SEGUNDO TIVER PROPOSTO NO CORAÇÃO, NÃO COM TRISTEZA OU POR NECESSIDADE; PORQUE DEUS AMA A QUEM DÁ COM ALEGRIA (...)"- (2 Co 9.6-90). E é esse o entendimento do espírita para o dízimo, uma doação espontânea em dinheiro e/ou trabalho. Sem definição de quantidade (10%) ou obrigatoriedade, as doações devem ser segundo o desejo de cada um pela alegria de ajudar a divulgar o ensinamento do Cristo pela visão espiritual. Os frequentadores e trabalhadores de um Centro Espírita sabem das dificuldades para manter uma casa espírita. Mas a Casa não pede ou obriga ninguém a pagar. Por isso, os que entendem a importância do trabalho que o Espiritismo realiza, contribuem mensalmente com pequenas quantias (R$ 5,00, R$ 10,00 ou mais) que são de grande valor para as contas da casa. Se a doação for em dinheiro, este será usado na manutenção da casa espírita (água, luz, produto de limpeza e higiene, copinhos plásticos, etc.), no material que ajudará na divulgação e entendimento do Evangelho segundo a visão espírita (panfletos, jornais, rádio, TV, etc.), mas principalmente no auxilio aos irmãos mais carentes de qualquer religião (remédio, roupa, cestas básicas, etc.). Ninguém vive do Espiritismo, mas sim para ele. O dinheiro deve ser para a obra de caridade. Os trabalhadores espíritas são voluntários sem remuneração material, só espiritual. Temos como exemplo Chico Xavier. Este viveu do salário de seu trabalho como servidor público. Todo dinheiro da venda dos livros psicografados por ele era e ainda é destinado a obras de caridade. Tudo registrado em cartório. Toda doação e presentes que ele recebia era repassado a instituições e pessoas carentes. Mas lembremos que, se a doação dos frequentadores for através do trabalho, isso significa disponibilizarmos algum tempo em serviço voluntário destinado a Caridade. Mas a Doutrina ensina como devemos fazer doações. Ela pede que, ao nos comprometermos em ajudar, seja com dinheiro ou trabalho, devemos cumprir o quanto possível com o compromisso livremente assumido. Que não devemos começar a fazer algo por empolgação ou assumir dois ou mais trabalhos e faltarmos por qualquer motivo. É preferível escolhermos apenas um e fazer bem feito. Devemos ser assíduos com o trabalho que alimenta o espírito como somos com o trabalho que nos garante o pão do corpo. Afinal, o cristianismo exalta a responsabilidade, o cumprimento da palavra e do dever. Pois a instituição passa a contar com nossa ajuda e se falharmos, sobrecarregaremos alguém seja no trabalho ou na parte financeira. Portanto, CARIDADE é o dízimo que Deus espera de nós e é o que os espíritas ofertam (ou estão aprendendo a ofertar) a Ele através do próximo, seja ele espírita ou não. Não esperemos alguém nos pedir ou a dor nos motivar, usemos nosso discernimento e ofertemos nossa ajuda material e/ou espiritual.
Texto de Rudymara
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