domingo, 23 de agosto de 2015

O SOFRIMENTO É INJUSTO?

 
UMA AMIGA NOS ESCREVEU CONTANDO QUE SUA MÃE DESENCARNOU COM CÂNCER. ELA ACHA QUE FOI INJUSTO O SOFRIMENTO DA MÃE PORQUE, DIZ ELA, QUE A MÃE ERA MUITO BOA.


Geralmente vemos nosso ente querido como o melhor do mundo, sem defeito algum e quando ele parte, achamos que foi antes do tempo ou que ele não merecia sofrer. Não é bem assim. Todos temos defeitos e todos nós falhamos em nossas atitudes, seja nesta ou em outra vida. Estamos numa escola que se chama Planeta Terra. Nela estamos aprendendo, aos poucos, como agir. Numa encarnação apenas não nos tornamos seres angelicais. A avaliação aos olhos dos encarnados é diferente da dos olhos da Justiça Divina. Como está no O livros dos Espíritos, questão 642: “Não basta que o homem não pratique o mal; cumpre-lhe fazer o bem no limite de suas forças, porquanto responderá por todo mal que haja resultado de não haver praticado o bem.”
Muitos passam pela vida sem fazer nada de útil. Não fazem o mal que conhecemos como: matar, roubar, etc., mas não praticam o bem e a falta da nossa ajuda a alguém ou a uma instituição de caridade pode ter prejudicado muita gente. O descuido com nossa saúde física e emocional também pode causar doenças. Há muito abuso das drogas lícitas e ilícitas, da alimentação, dos sentimentos negativos. O câncer, por exemplo, pode aparecer por causa de algo que fizemos em outra vida ou então nesta, é o caso, por exemplo, do cigarro, mas pode também ser causado por nosso desequilíbrio emocional.
OBSERVEMOS ESTES EXEMPLOS:
 * André Luiz conta no livro Missionários da Luz que, um Espírito ao preparava-se para reencarnar, pediu para seu novo corpo físico uma úlcera que apareceria em sua madureza física e que não deveria encontrar cura até sua desencarnação, para que ele pudesse ressarcir um assassinato que cometeu ao esfaquear um homem (que estava na sua madureza física) na região do estômago. Como vemos, mesmo que este Espírito cuide de sua saúde durante toda sua juventude, não fugirá da úlcera (câncer) “moral” que “ele pediu”.

* No livro "Nos Domínios da Mediunidade", André Luiz nos mostra uma senhora que chega ao Centro Espírita com o ventre volumoso e semblante dolorido a procura do passe como ajuda. O Espírito Conrado explica para André Luiz e outros Espíritos que ali estavam analisando o caso que: A mulher estava com icterícia complicada, seu fígado estava comprometido, e que nasceu de terrível acesso de cólera, em que ela se envolveu no reduto doméstico. Ela sentiu extrema irritação, e adquiriu hepatite, da qual a icterícia é a conseqüência.

* Conta-se que um grande trabalhador espírita morreu em tenra idade. Sua esposa ficou revoltada, pois questionava a justiça divina. Dizia ela que com tanta gente má no mundo, por que Deus levou seu marido que era tão bom e fazia tanta caridade? Numa comunicação mediúnica os espíritos mandaram um recado a ela dizendo que: “estava programado, antes deles nascer, que o rapaz sofreria um derrame cerebral e ficaria 10 anos na cama sob os cuidados dela. Mas, como ele fez muita caridade, esta caridade quitou seus débitos. O amor que ele praticou cobriu uma multidão de débitos." O que nos parece um mal é um bem.

* Richard Simonetti conta que: “Um homem de 45 anos, morreu durante o sono. E a viúva, inconsolável, recebe condolências . . . Muitos repetem as clássicas palavras: ‘Chegou sua hora . . . Deus o levou! . . .’ Piedosa mentira! Aquele homem foi um suicida! “Aniquilou-se, lentamente, fazendo uso desse terrível corrosivo que se chama IRRITAÇÃO.”

* Vejamos o caso de crianças que nascem com câncer. Como pode? Parece injustiça, não é? Mas,crianças são espíritos velhos em corpos novos. Eles chegam resgatando débito do passado reencarnatório. Afinal, moramos num planeta de provas e expiações onde reúne espíritos que precisam realizar aprendizado em prol de seu progresso e para acertar contas com a consciência, com as leis divinas.

Mas nem todo sofrimento é expiação, ou seja, ás vezes a pessoa sofre mas não está resgatando débito, está realizando uma prova. São raros, mas existe. Um Espírito pode ter conquistado um certo grau de elevação, mas querendo avançar mais, solicita uma missão, uma tarefa, pela qual será tanto mais recompensado, se sair vitorioso quanto mais penosa tiver sido a sua luta. Esses são, mais especialmente, os casos das pessoas de tendência naturalmente boas, de alma elevada, de sentimentos nobres inatos, que parecem nada trazer de mal de sua precedente existência, e que sofrem com resignação cristã as maiores dores, pedindo forças a Deus para suportá-las sem reclamar. É o caso de Alcione, personagem principal do livro Renúncia, escrito por Emmanuel. A história é de um espírito angelical que não tinha obrigação de voltar à Terra, mas voltou por vontade própria, para ajudar alguns tutelados (protegidos) seus. Ela trabalhava como governanta em rica mansão. O dono da casa (Cirilo), a filha (Beatriz) e o sogro (Jacques) gostavam muito dela, mas a patroa (Susana), a detestava, porque sentia ciúme do amor que a família sentia por Alcíone. A patroa a maltratava impondo tarefas rudes, que não era sua obrigação, para que ela fosse embora, já que não podia tomar a iniciativa de despedi-la, com o que seus familiares não concordariam. Com o tempo, o comportamento da serva acaba por sensibilizar Susana, que se torna sua amiga.
Então, como vemos, ninguém sofre por acaso. A lei divina é justa e perfeita. Por detrás de uma história que conhecemos há outra que só Deus conhece. Tenhamos fé na Sua justiça, bondade e perfeição!
 

Rudymara
 
 
 


 

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