O Espírito Humberto de Campos,
através da mediunidade de Chico Xavier, narra um fato ocorrido com dona Maria
Augusta da Silva. Ela, ao retornar à sua fazenda, às margens do Rio Paraíba, na antevéspera do
Natal de 1856, depois de um ano de passeio na cidade do Rio de Janeiro,
tomou conhecimento de que,
durante o período em que estivera fora, seu filho engravidou sua escrava
Matilde.
Diante disso, levou a escrava à noite até as margens do Rio
Paraíba e sentenciou para ela:
– Você está livre, mas fuja de
minha presença. Atravesse o rio e desapareça.
E a um sinal da perversa fazendeira,
o capataz desalmado chicoteou a pobre escrava, fazendo-a cair na corrente profunda
do rio.
– Socorro! Socorro, meu Deus! Valei-me,
Nosso Senhor! – gritou Matilde, debatendo-se
nas águas.
Todavia, daí a instantes,
apenas um cadáver de mulher descia o rio abaixo, cercado pelo silêncio da
noite...
Passados cem anos, a ex-fazendeira
Maria Augusta, reencarnada na cidade de Passa Quatro, Minas Gerais, sofria no lar
as mesmas dificuldades dos escravos de outros tempos nas senzalas.
Na antevéspera do Natal de
1956, um horrível temporal desabou sobre a região, alagando tudo em derredor da
sua casa. A pobre senhora (a ex-fazendeira), vendo a água invadir a sua
residência, saiu da casa com o marido e as crianças. Dada a quantidade de água,
acabou por separar-se de todos, e ao tombar no rio gritou as mesmas palavras da
escrava Matilde ao se afogar:
– Socorro! Socorro, meu Deus!
Valei-me, Nosso Senhor!
Todavia, decorridos alguns
momentos apenas, um cadáver de mulher descia a correnteza, cercado pelo silêncio
da noite...
Assim a ex-fazendeira do Vale
do Paraíba, reencarnada cem anos depois, reparava o débito que contraíra
perante as Leis de Deus.
Como se sabe, aqui se faz aqui
se repara, de acordo com a lei de ação e
reação, ou segundo Jesus: “A cada um
será dado segundo suas obras”.
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