J.
Raul Teixeira fazia uma palestra na cidade de Nova York, cujo tema era: DEUS.
No final, pessoas fizeram perguntas. Uma delas foi um homem, brasileiro, de Juiz de Fora, onde ele e a esposa foram para lá trabalhar. Ele não fez perguntas, apenas afirmou que não concordou com nada que Raul havia falado. Raul disse:
No final, pessoas fizeram perguntas. Uma delas foi um homem, brasileiro, de Juiz de Fora, onde ele e a esposa foram para lá trabalhar. Ele não fez perguntas, apenas afirmou que não concordou com nada que Raul havia falado. Raul disse:
-
O senhor tem todo direito de não concordar. Mas eu gostaria de saber por quê?
Respondeu o homem:
-
Eu vim para cá para organizar minha vida. Eu, minha esposa e minha filha recém
nascida. Mas, com 3 anos de idade minha filha morreu. O senhor acha que eu
posso crer em Deus? Agora minha mulher voltou para Juiz de Fora e eu fiquei
aqui porque minha filha está enterrada aqui.
-
Desde quando o senhor está brigado com Deus?
-
Desde que minha filha morreu. Como é que Deus faz isso comigo?
-
Com que idade o senhor está?
-
Com 43 anos.
- Me desculpe, mas o senhor é egoísta. Nestes 43 anos quantas crianças o senhor Já viu morrer?
-
Não sei! Muitas...
-
Então, nesses 43 anos, quando Deus matava os filhos dos outros o senhor adorava
Ele? E quando foi a vez da sua filha Ele já não presta? Reflita meu amigo. O
senhor está causando um problema à sua filha, que veio à Terra e resgatou o que
devia e já voltou. Sua mulher fez o que devia e voltou para a cidade dela e
continua trabalhando como médica e o senhor fica aqui agarrado aos despojos que
não são sua filha, são os elementos que sua filha se utilizou para avançar. O
senhor vai ficar cada vez mais longe de sua filha, porque ela deve estar
acompanhando a mãe que foi trabalhar no bem. E o senhor aqui revoltado com Deus
vai adoecer, enlouquecer numa cidade que ninguém o ama e conhece.
O
homem começou a chorar copiosamente. Todos no salão ficaram calados. Depois que
ele chorou bastante disse:
-
É verdade. A minha filha, antes de ser minha filha é filha de Deus. E se Deus
já levou tantas filhas e filhos Dele, por que não levaria a que veio aos meus
braços?
Mais
tarde, Raul soube que o homem havia voltado para o Brasil.
Quando Cristo disse: “Bem-aventurados os
aflitos, porque deles é o Reino dos Céus”, não se referia aos sofredores
em geral, porque todos os que estão neste mundo sofrem, quer estejam
num trono ou na miséria, mas ah!, poucos sofrem bem, poucos compreendem
que somente as provas bem suportadas podem conduzir ao Reino de Deus.
Ficar
reclamando, lamentando, choramingando, revoltado, “culpar Deus e o mundo”, não lutar e desanimar, descontando a dor
nos outros não é uma boa forma de sofrer. Além do nosso sofrimento fazemos quem amamos sofrer também.
Deus é Justo e bom, se Ele permite dores e sofrimentos é porque existe
uma razão ou uma causa justa.
Quando
aceitamos as aflições sem ódio, mágoa ou revolta, ainda que choremos por desabafo, este é o bem sofrer. É preciso ter coragem para enfrentar os problemas quaisquer que eles
sejam, pois, na realidade, são conseqüências de nossas atitudes menos felizes
nas vidas passadas, ou então são necessárias á nossa própria evolução.
A prece é um sustentáculo da alma, mas não
é suficiente por si só: é necessário que nos apoiemos numa fé ardente na
bondade de Deus. Temos ouvido freqüentemente que Ele não põe um fardo
pesado em ombros frágeis. O fardo é proporcional às forças, como a
recompensa será proporcional à resignação e à coragem. A recompensa será
tanto mais esplendente, quanto mais penosa tiver sido a aflição. Mas
essa recompensa deve ser merecida, e é por isso que a vida está cheia de
tribulações.
Dizer que amamos Deus quando tudo corre bem em nossa vida é fácil.
Compilação de Rudymara
Dizer que amamos Deus quando tudo corre bem em nossa vida é fácil.
Compilação de Rudymara
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