". . . a humanidade de Marte evoluiu mais rapidamente que a da Terra e que desde os pródromos da formação dos seus núcleos sociais, nunca precisou destruir para viver, longe das concepções dos homens terrenos cuja vida não prossegue sem a morte e cujos estômagos estão sempre cheios de vísceras e de vitualhas de outros seres da criação. O dia ali é igual ao da Terra, pois conta 24 horas e quase 40 minutos, mas os anos constam de 668 dias, tornando as estações mais demoradas, sem transformações bruscas de ordem climática que tanto prejudicam a saúde humana. Os marcianos já descobriram grande parte dos segredos das forças ocultas da natureza. Conhecem os profundos enigmas da eletricidade, sabendo utilizá-la com maestria. Nas questões astronômicas são eminentemente mais adiantados do que seus companheiros da Terra, compreendendo todos os fenômenos e a maior parte dos mistérios da natureza do vosso planeta. Vi lá formidáveis aparelhos fotoelétricos que registram, com precisão matemática, a quase totalidade das expressões fenomênicas dos mundos que estão mais próximos desse orbe maravilhoso. Em vez do satélite, que ilumina as vossas noites, observei que Marte é servido por dois. Duas luas que parecem gravitar uma em torno da outra, porém menores, muito menores que a vossa. A atmosfera é parecida com a da Terra, mas o ar, na sua composição, afigurava-se muitíssimo mais leve. A densidade de Marte é sobremaneira mais leve, tornando-se a atmosfera muito rarefeita. Vi homens mais ou menos semelhantes aos nossos irmãos terrícolas, mas os seus organismos possuíam diferenças apreciáveis. Além dos braços tinham ao longo das espáduas(ombros) ligeiras protuberâncias à guisa(maneira) de asas que lhes prodigalizavam(esbanjavam) interessantes faculdades volitivas (esvoaçar). Percebi que a vida da humanidade marciana é mais aérea. Poderosas máquinas, muitíssimo curiosas na sua estrutura, cruzavam os ares, em todas as direções. Vi oceanos, apesar da água se me afigurar menos densa e esses mares muito pouco profundos. Há ali um sistema de canalizações, mas não por obras de engenharia dos seus habitantes, e sim por uma determinação natural da topografia do planeta que põe em comunicação contínua todos os mares. . ."
OBSERVAÇÃO: Houve um tempo em que Pedro Álvares Cabral quis se aventurar em viagem na busca de novas terras e Portugal foi contra, pois não acreditavam que existia vida além do oceano. Pois bem, podemos lembrar aqui as palavras de Emmanuel que está no livro "NOSSO LAR" : "O inabitual, entretanto, causa surpresa em todos os tempos. Quem não sorriria, na Terra, anos atrás, quando se lhe falasse da aviação, da eletricidade e da radiofonia?" Assim é o assunto "Vida em Marte", "Vida após a morte", "Cidade espiritual", etc.
VIDA EM MARTE - Richard Simonetti
1 – Há seres vivos no planeta Marte?
Segundo informações respeitáveis da Ciência, não há vida em nosso sistema solar. Mercúrio e Vênus, mais próximos do Sol, são muito quentes; Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão, distantes dele, são muito frios.
2 – São planetas desertos?
Podem ser estéreis, sob o ponto de vista biológico, mas não desertos. Segundo a questão 55 de “O Livro dos Espíritos”, todos os mundos que se movem no espaço infinito são moradas de Espíritos – encarnados ou desencarnados.
3 – Marte teria, então, vida espiritual?
Exatamente. A dimensão espiritual desdobra-se, envolvendo imensas coletividades de Espíritos desencarnados que lá vivem. Não apenas Marte, mas todos os demais planetas de nosso sistema solar e de outros sistemas. Deus não coloca mundos a girar no espaço por mero diletantismo. Quando não tenham vida biológica, ancoram comunidades de Espíritos desencarnados, que neles desenvolvem suas experiências evolutivas.
4 – Não há possibilidade de equívoco da Ciência, quanto à habitabilidade biológica de Marte?
Talvez. Consideremos, entretanto, que hoje sofisticados aparelhos oferecem informações muito precisas sobre as condições físicas dos planetas de nosso sistema. Por outro lado, as sondas espaciais norte-americanas fotografaram e vasculharam o planeta, que oferece visão desolada, semelhante à superfície lunar.
5 – Não viveriam os marcianos no subsolo, inacessíveis às observações de nossa ciência?
Admitindo-se essa hipótese, seria estranho não se detectar nenhum traço de sua presença na superfície, em postos de observação que necessariamente deveriam existir, até mesmo por questões de segurança.
6 - E se os marcianos estivessem interessados em se ocultar à observação da terra?
Parece-me uma preocupação pueril e extremamente complicada, praticamente impossível. Imaginemos uma providência dessa natureza de nossa parte. Como disfarçar as evidências de vida na Terra, evitando sejam detectadas por civilizações extraterrestres? Uma cultura mais evoluída teria interesse em fazer-se observada, com o louvável desejo de uma permuta de experiências.
7 - Nos livros “Cartas de uma Morta” e “Novas Mensagens”, psicografia de Francisco Cândido Xavier, os Espíritos Maria João de Deus, mãe do médium, e Humberto de Campos, reportam-se a uma população marciana encarnada. Isso não conflita com as informações da Ciência sobre o planeta?
Não podemos descartar a possibilidade de que nossos cientistas estejam equivocados. Por outro lado, aqueles Espíritos podem simplesmente ter falado de paisagens espirituais em Marte. Isso poderia ocorrer com um visitante de outro planeta que se reportasse a Nosso Lar, a cidade espiritual descrita por André Luiz, passível de ser confundida com uma de nossas cidades.
8 - Há também uma controvérsia em relação à condição espiritual da população marciana. Maria João de Deus e Humberto de Campos falam de coletividades mais adiantadas do que os habitantes da Terra. No comentário à questão 188 de “O Livro dos Espíritos”, Kardec diz que, segundo informações da espiritualidade, a população marciana é mais atrasada do que a terrestre.
Essa observação de Kardec foi incluída na primeira reimpressão de O Livro dos Espíritos, datada de 03 de 1860, provavelmente baseada em mensagens do Espírito Georges, que seriam publicadas pela Revista Espírita, em outubro do mesmo ano. Há muitas incorreções nelas em relação a Marte e Júpiter. Foram aceitas por Kardec porque eram extremamente precários, na época, os conhecimentos sobre o assunto. Fico com as informações veiculadas através de Chico Xavier, considerando a confiabilidade do médium e o fato de que há hoje uma universalidade em torno delas, já que têm sido confirmadas por outros médiuns.
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