Divaldo fala sobre a venda da mediunidade: "A venda de recursos mediúnicos não se consuma exclusivamente por dinheiro, porque se pode trocá-la por presente, por concessões, pelo envaidecimento e por várias outras modalidades mais ou menos sob disfarce. Nós, médiuns, devemos acautelar-nos, constantemente, contra os perigos da simonia (venda ilícita das coisas sagradas) indireta, inclusive para com aqueles que fazem parte do nosso círculo íntimo, ou os que nos propiciam conforto e facilidades.
Lembro-me, aqui, de um querido confrade, médium seguro, que exerceu a mediunidade caritativa por largos anos numa modesta construção no fundo do quintal de sua casa. Esse homem de vida santificada carregava uma prova dolorosa: a esposa era alienada mental, a filha sofria de ataques epilépticos e o filho vivia atormentado por Espíritos vingativos. Granjeava recursos para a manutenção daquele lar com a execução de modestos serviços em profissão humilde, que ele executava um sua casa mesmo.
Um dia, após atender pessoa portadora de um problema muito grave, notou que tal pessoa deixava boa soma de dinheiro num envelope aberto em cima da mesa, retirando-se em seguida.
Levantou-se às carreiras e foi ter com a pessoa:
- Senhor, acho que esqueceu este dinheiro na mesa em que trabalho.
Resposta do doador:
- Não, não esqueci. Percebi que o senhor tem problemas financeiros e de saúde de seus familiares e, como disponho de muitos recursos, quis ajudá-lo a amenizar as dificuldades com que se defronta.
- Não, bondoso amigo, não posso aceitar.
- Mas, por que não pode? O senhor não me pediu nada, estou dando é para sua família, sua esposa doente e os filhos enfermos; com este dinheiro o senhor pode minorar o sofrimento deles.
- Perdoe-me se não consigo fazer-me entender. Se minha mulher e meus filhos estão ao meu lado passando provações e vicissitudes, é porque deviam às justas Leis Divinas que nos levam ao resgate, para nosso benefício. Por favor, não insista, não destrua, num segundo, o que levei 30 anos para edificar.
Dito isso, passou o envelope para as mãos do doador e voltou ao barraco onde exercia a mediunidade com verdadeiro amor e santidade."
OBSERVAÇÃO: Os médiuns "espíritas" devem seguir a recomendação de Jesus: "Dai de graça o que de graça recebestes."
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