sexta-feira, 17 de julho de 2020

A DIFICULDADE DE NOS COLOCARMOS NO LUGAR DO OUTRO



Jesus nos deixou uma regra de ouro: FAÇA AO OUTRO O QUE QUER QUE O OUTRO FAÇA A VOCÊ. Mas, ainda temos muita dificuldade em viver este ensinamento, que, se seguíssemos, o mundo seria melhor. Vemos pessoas buscando seus direitos, mas não são capazes de respeitar o direito do outro. Acham certo seus filhos responderem, serem desrespeitosos com seus professores e funcionários da escola, mas quando tais funcionários são seus familiares sentem-se revoltados com tal comportamento do aluno. Reclamam do chefe, mas quando são chefes não aceitam reclamação dos subalternos. Chefes exploram funcionários, mas não gostam de ser explorados ou que explorem seus entes queridos. Há homens que maltratam uma mulher, mas não admitem que nenhum homem faça o mesmo com sua filha, irmã, esposa, mãe ou mulher da sua família. Jovens afrontam a autoridade dos pais, mas quando se tornam pais não toleram desrespeito dos filhos. Muitos ignoram os idosos, mas quando chegam na velhice querem ser respeitados e receber atenção. Há quem humilha, mas não gosta de ser humilhado. Trapaceia, mas não gosta de ser trapaceado. Engana, mas não gosta de ser enganado. Há quem ouça som alto achando que estão no seu direito. Sim, está no seu direito de ouvir música, mas não de querer impor ao seu próximo que ouça também. Sua música não deve passar o muro que separa as casas. Ela não deve invadir a casa alheia. O vizinho pode não estar querendo ouvir, pode estar com dor de cabeça, se sentindo mal, querendo descansar, quer ouvir outro tipo de música. Enfim, o nosso direito acaba quando começa o direito do outro. Quando alguém joga lixo num terreno baldio ele está se livrando do seu problema, mas está levando problema aos moradores que ficam perto do terreno. O lixo pode ficar mal cheiroso, atrair animais peçonhentos que pode picar uma criança. Quem coloca filhos na escola particular e não paga (se beneficiando de uma lei injusta), acharia certo tal atitude caso a escola fosse sua ou de alguém da sua família? Quem conserta um eletrodoméstico ou eletrônico e mente para cobrar mais, será que gostaria que o enganem também? Quem cobra preço abusivo de gasolina, do gás de cozinha, da água, de gêneros alimentícios, do álcool gel quando há uma crise está pensando no próximo? Está se colocando no lugar dele? Tem quem fale mal da religião alheia, mas não gosta que fale da sua. Há quem fale do filho do vizinho, do amigo, mas quando sabem que estão falando de seu filho, se revoltam. Muitos não doam nada porque generalizam as pessoas taxando do vagabundos. Mas muitos vivem sim do suor dos outros, de pedir coisas ao Governo, em instituições de caridade, nas ruas sem se esforçar para trabalhar. Muitos querem igualdade social, mas não são capazes de dividir o que tem com os mais necessitados e quando doam algo, doam o que, muitas vezes, não tem mais utilidade. Não se perguntam antes de doar se ela ficaria feliz em ganhar aquilo caso precisasse. Se gostaria que o filho(a) ganhasse aquele brinquedo quebrado caso não pudesse comprar. Querem distribuição de renda, desde que não mexam com a sua; querem políticos honestos, mas não devolvem o troco que recebem a mais, param em vagas de idosos e deficientes sem ser nenhum dos dois; desrespeitam as leis do trânsito; não pagam o que devem; não devolvem o que emprestam; compram produtos roubados, mesmo sabendo que alguém foi lesado financeiramente ou com a vida; usam drogas mesmo sabendo que por trás disso há morte, furto, roubo, infelicidade familiar e da sociedade, enfim, cometem muitas corrupções no dia a dia porque não se colocam no lugar de quem está sendo lesado. Então, o que devemos fazer? Se somos cristãos, sejamos cristãos nas atitudes, não só frequentador de templo religioso. Está mais do que na hora de despertarmos para ao que o Cristo nos pede todos os dias e há séculos. Amar o próximo é se colocar no lugar dele antes de falarmos e agirmos. Pensemos nisso!

Texto de Rudymara

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