segunda-feira, 21 de agosto de 2017

LUGAR DEPOIS DA MORTE




Muitas vezes perguntas, na Terra, para onde seguirás, quando a morte venha a surgir... 
Anseias, decerto, a ilha do repouso ou o lar da união com aqueles que mais amas... 
Sonhas o acesso à felicidade, à maneira da criança que suspira pelo colo materno... 
Isso, porém, é fácil de conhecer. 
Toda pessoa humana é aprendiz na escola da evolução, sob o uniforme da carne, constrangida ao cumprimento de certas obrigações; 
Nos compromissos no plano familiar; 
Nas responsabilidades da vida pública; 
No campo dos negócios materiais; 
Na luta pelo próprio sustento... 
O dever, no entanto, é impositivo da educação que nos obriga a parecer o que ainda não somos, para sermos, em liberdade, aquilo que realmente devemos ser. 
Não olvides, assim, enobrecer e iluminar o tempo que te pertence.
Não nos propomos nivelar homens e animais; contudo, numa comparação reconhecidamente incompleta, imaginemos seres outros da natureza trazidos ao regime do espírito encarnado na esfera física. 
O cavalo atrelado ao carro, quando entregue ao descanso, corre à pastagem, onde se refocila na satisfação dos próprios impulsos. 
A serpente, presa para cooperar na fabricação de soro antiofídico, se for libertada, desliza para a toca, onde reconstituirá o próprio veneno. 
O corvo, detido para observações, quando solto, volve à imundície. 
A abelha, retida em observação de apicultura, ao desembaraçar-se, torna, incontinenti, à colmeia e ao trabalho. 
A andorinha engaiolada para estudo, tão logo se veja fora da grade, voa no rumo da primavera.
Se desejas saber quem és, observa o que pensas, quando estás sem ninguém; e se queres conhecer o lugar que te espera, depois da morte, examina o que fazes contigo mesmo nas horas livres.



(Do livro "Justiça Divina", pelo Espírito Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)




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