"PEDIMOS JUSTIÇA OU VINGANÇA?"
"QUEM PEDE JUSTIÇA PARA SI É JUSTO COM O PRÓXIMO?"
JOSÉ RAUL TEIXEIRA: "(...)Muitas coisas que o juiz encarnado, que o juiz humano não consegue captar, não consegue ver, só o olhar da Divindade pode ver.
Jamais um juiz humano entenderá, de fato, as reais motivações que levaram ou que levam uma criatura cometer um crime, um desatino.
Todas as respostas que temos, nesse sentido, são as respostas exteriores, aquilo que a gente pode ver.
Foi a pobreza, foi a fome, foi o desemprego, foi o desespero. Mas as razões profundas, a bagagem que esse Espírito traz, as marcas que essa alma carrega em si, nenhum juiz humano consegue ver. Só o Pai da vida, somente o Senhor Supremo pode saber.
Então, muitas vezes, quando as criaturas clamam por justiça, estão clamando por vingança, porque toda justiça que age fora das bases do amor se torna crueldade. A justiça sem amor é vingança social.
Daí, a nossa necessidade de entendermos bem o que vem a ser justiça.
Todas essas pessoas que clamam por justiça contra os outros exercem a injustiça.
Fazem greves por melhores salários para si, por exemplo, mas não melhoram o salário dos seus empregados. São pessoas injustas.
Reclamam que a cidade está desorganizada, mas atiram papéis, lixo da janela do carro, dos ônibus, na via pública, para onerar a cidade e impor que alguém vá limpar a sua sujidade.
Estacionam seu carro sobre calçadas por onde as pessoas deveriam passar e essas pessoas têm que disputar a rua com os outros carros que passam.
Elas querem justiça contra os outros, mas não vivenciam o princípio básico da justiça: Fazer ao outro o que o outro merece. Dar às pessoas aquilo que as pessoas merecem.
Desejamos considerações da justiça para conosco; queremos os direitos, mas não exercitamos a prática da justiça, quando se trata de beneficiar os outros.
Quantas vezes colocamos, nas nossas festas, no apartamento, nas casas, a nossa música no maior volume, com todos os decibéis, não nos importando se há crianças recém-nascidas, se há idosos cansados, doentes ou, simplesmente, se as pessoas não querem ouvir o nosso barulho.
Nosso critério de direito está muito equivocado.
Nosso critério de democracia é equivocadíssimo porque temos um conceito de democracia que só serve para nós, que é contra os outros, quando a democracia propõe o direito de todos, a justiça para todos.
Se não respeito a minha vizinhança quando desejo dar a minha festa, estou tratando com a injustiça social. Como é que eu cobro das autoridades justiça para mim?
É com isto que nós começamos a pensar como têm sido equivocadas as nossas posturas diante da vida, no capítulo que se refere à justiça.
Vale a pena pensar que, quando o Cristo propôs que nós não julgássemos porque, com a mesma medida com que julgássemos seríamos julgados, ficamos pensando na responsabilidade do magistrado, daquele que tem o dever profissional de julgar, de sentenciar.
Se ele não tiver luz por dentro, se ele não tiver lucidez na alma, amor no coração, ele será um verdugo da sociedade porque estará punindo as pessoas em nome do seu sentimento de mágoa, de revolta ou de sua displicência.
Não é por outra razão que o Evangelho do Reino nos diz que quem com ferro fere, com ferro será ferido, representando a lei de Talião, o dente por dente, olho por olho.
Só em Cristo encontramos a proposta do amor. E, quando amamos, até a nossa avaliação e o nosso juízo, são macios."
"QUEM PEDE JUSTIÇA PARA SI É JUSTO COM O PRÓXIMO?"
JOSÉ RAUL TEIXEIRA: "(...)Muitas coisas que o juiz encarnado, que o juiz humano não consegue captar, não consegue ver, só o olhar da Divindade pode ver.
Jamais um juiz humano entenderá, de fato, as reais motivações que levaram ou que levam uma criatura cometer um crime, um desatino.
Todas as respostas que temos, nesse sentido, são as respostas exteriores, aquilo que a gente pode ver.
Foi a pobreza, foi a fome, foi o desemprego, foi o desespero. Mas as razões profundas, a bagagem que esse Espírito traz, as marcas que essa alma carrega em si, nenhum juiz humano consegue ver. Só o Pai da vida, somente o Senhor Supremo pode saber.
Então, muitas vezes, quando as criaturas clamam por justiça, estão clamando por vingança, porque toda justiça que age fora das bases do amor se torna crueldade. A justiça sem amor é vingança social.
Daí, a nossa necessidade de entendermos bem o que vem a ser justiça.
Todas essas pessoas que clamam por justiça contra os outros exercem a injustiça.
Fazem greves por melhores salários para si, por exemplo, mas não melhoram o salário dos seus empregados. São pessoas injustas.
Reclamam que a cidade está desorganizada, mas atiram papéis, lixo da janela do carro, dos ônibus, na via pública, para onerar a cidade e impor que alguém vá limpar a sua sujidade.
Estacionam seu carro sobre calçadas por onde as pessoas deveriam passar e essas pessoas têm que disputar a rua com os outros carros que passam.
Elas querem justiça contra os outros, mas não vivenciam o princípio básico da justiça: Fazer ao outro o que o outro merece. Dar às pessoas aquilo que as pessoas merecem.
Desejamos considerações da justiça para conosco; queremos os direitos, mas não exercitamos a prática da justiça, quando se trata de beneficiar os outros.
Quantas vezes colocamos, nas nossas festas, no apartamento, nas casas, a nossa música no maior volume, com todos os decibéis, não nos importando se há crianças recém-nascidas, se há idosos cansados, doentes ou, simplesmente, se as pessoas não querem ouvir o nosso barulho.
Nosso critério de direito está muito equivocado.
Nosso critério de democracia é equivocadíssimo porque temos um conceito de democracia que só serve para nós, que é contra os outros, quando a democracia propõe o direito de todos, a justiça para todos.
Se não respeito a minha vizinhança quando desejo dar a minha festa, estou tratando com a injustiça social. Como é que eu cobro das autoridades justiça para mim?
É com isto que nós começamos a pensar como têm sido equivocadas as nossas posturas diante da vida, no capítulo que se refere à justiça.
Vale a pena pensar que, quando o Cristo propôs que nós não julgássemos porque, com a mesma medida com que julgássemos seríamos julgados, ficamos pensando na responsabilidade do magistrado, daquele que tem o dever profissional de julgar, de sentenciar.
Se ele não tiver luz por dentro, se ele não tiver lucidez na alma, amor no coração, ele será um verdugo da sociedade porque estará punindo as pessoas em nome do seu sentimento de mágoa, de revolta ou de sua displicência.
Não é por outra razão que o Evangelho do Reino nos diz que quem com ferro fere, com ferro será ferido, representando a lei de Talião, o dente por dente, olho por olho.
Só em Cristo encontramos a proposta do amor. E, quando amamos, até a nossa avaliação e o nosso juízo, são macios."
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