quinta-feira, 19 de setembro de 2013

A PRECE


 
A prece destina-se a LOUVAR. PEDIR E AGRADECER.
 
Louvar a quem?
A Deus. Deus não se vê, mas mostra-se pelas suas obras. Quem tem razão para crer em Deus, e se aventura na compreensão das Leis Divinas, louva-lhes a perfeição.
Na obra O Grande Enigma, de Léon Denis, o filósofo e poeta do Espiritismo passeia pela montanha, pela floresta e pelo mar, e louva a perfeição divina, a partir da observação e reflexão sobre o mundo material e moral.
Pedir o quê?
Não a trilogia clássica do dinheiro, fama e beleza! A ajuda que vem do Alto proporciona alento nas dificuldades, conforto espiritual, discernimento nas escolhas. Essa ajuda está sempre presente, mas pela prece como que nos elevamos e sintonizamos mentalmente com quem sempre nos ajuda. A todos.
Agradecer o que?
Se cremos em Deus, se cremos que existe um Mundo Espiritual Superior que responde às nossas preces, é da mais elementar boa educação agradecer, por exemplo:
- a vida;
- a família;
- os amigos;
- o ar, o sol, a Natureza, o cheiro do pão acabado de fazer, um programa de televisão, um livro...
- as boas intuições que recebemos para ultrapassarmos as nossas dificuldades;
- o trabalho, que nos sustenta e nos dá oportunidade de servir;
- os inimigos, que nos ajudam a evoluir;
- as contrariedades, que nos temperam o carácter e nos trazem sabedoria;
- todas as coisas que damos por adquiridas e que tanta falta fazem (a água nas torneiras, a paz nas ruas, a comida nas lojas, etc.).
Mas há quem não tenha muitas destas coisas. Pois há, e a filosofia espírita explica o porquê daquilo que nos parecem monstruosas desigualdades, se forem vistas do ponto de vista materialista ou da religiosidade que não questiona.
A prece deve ser espontânea, simples e sincera. Não é um ritual mágico ou uma ladainha para subornar a Divindade. Muita gente tem necessidade de materializar a prece, acendendo velas, juntando as mãos, indo aos templos da sua religião. Conquanto respeitável, é dispensável, do nosso ponto de vista. São hábitos antigos que perduram e que muitas vezes distraem do essencial.
 

Richard Simonetti


QUESTÃO 659, O LIVRO DOS ESPÍRITOS



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