sábado, 30 de julho de 2011

A FAMÍLIA É PROGRAMADA NO ALÉM? - J. Raul Teixeira


Embora encontremos no Movimento Espírita o pensamento do senso comum estabelecendo que cada fulano vem à Terra para encontrar uma certa “beltrana”, ambos devidamente definidos um para o outro, desde o além, as coisas não se passam exatamente assim.
Somente aos espíritos dotados de expressivos valores morais, é permitido a escolha, a seleção, o condicionamento do núcleo familiar com quem irá casar-se ou viver afetivamente na Terra. A livre escolha é quando o indivíduo deseja realizar certos ministérios que lhe exigem entrega total. Geralmente são afetos do passado. Neste caso chamamos de prova.
Faltando esses valores nos espíritos de pouca evolução (a maioria), a escolha é estabelecida pelos Espíritos Mentores que sabem o que será melhor para o progresso e a libertação gradual dos seus tutelados. Trata-se de expiação. Muitas vezes, quando encarnados, desviam-se da pessoa ou do tipo de pessoa que lhe foram planejadas. Exemplo: casam-se com outras pessoas, abortam, diminuem o número de filhos que se comprometeram ter, etc.
Quando os desencarnados, na erraticidade, estão pensando no próximo retorno aos campos terrenos (reencarnação), os Mentores Espirituais costumam se reunir para tratar da questão. Essas reuniões, diálogos e entendimentos só acontecem quando se trata de Espíritos com maturidade suficiente para compreender o que seja melhor para si, na caminhada evolutiva. Os mentores colocam os prós e contras, ou seja, as conquistas, débitos, ações complicadoras, e virtudes trazidos das encarnações anteriores. Avaliam os modos de vida que lhes propiciarão liberação rápida ou lenta, verificam suas condições para suportar uma ou outra vereda provacional-expiatória, e estabelecem, desde então, com que “tipo” de indivíduo e não com que indivíduo deverão se encontrar. É desses entendimentos e ajustes que cada ser, que se prepara para o grande retorno ao cenário da matéria densa e que características deverão ter suas relações conjugais, filiais, pater-maternais, ou seja, que caráter deverá ter a esposa ou o esposo, o pai ou a mãe, os filhos, propiciando-lhe oportunidade de expiar o que deve alcançar as virtudes das quais carece, ajustando-se ao contexto das leis do Criador.

Exemplo: Há espíritos que renascerão em corpos masculinos e necessitarão de esposas exigentes, disciplinadoras, sem grandes demonstrações emotivas, em razão da equipagem que trazem do pretérito. Outros deverão encontrar esposas afetuosas, emotivas, românticas e liberais. Outros mais precisarão de companheiras nas quais se misturem essas várias nuances do caráter; há os que reencarnarão com corpos femininos e que, por sua vez, carecerão de esposos, de companheiros portadores de tipos de caráter como os apontados acima. Uns serão esposos rígidos, policiadores, dominadores, afetivamente frios, outros serão sensíveis, amigos, parceiros, atenciosos ou que experimentem no modo de ser combinações dessas características.
Dadas as necessidades, os espíritos são preparados para renascer em novo corpo físico em determinada família cujas características melhor atendam ao reencarnante, seja em termos biológicos, sociais, econômicos ou morais.
A família terrena tem, então, grande importância no processo da reencarnação de cada espírito. Nela este encontrará o que lhe seja necessário para podar os males do caráter, quanto para conquistar as virtudes que lhe faltam.
Caso não consiga perceber essa função divina do grupo familiar, o reencarnado poderá complicar-se ou complicar-se mais, fazendo-se devedor desse benefício que lhe foi concedida pela vontade amorosa de Deus, da qual não fez bom uso.




Compilação de Rudymara



domingo, 24 de julho de 2011

AS DROGAS - frase de Chico Xavier


"Eu não sei como as autoridades competentes não resolvem o problema das drogas, que, em última análise, diz respeito a todos...Quem é que não tem hoje, próximo ou distante, um parente envolvido com elas?! Tenho escutado muitos pais, muitas mães, muitos avós... Nos Estados Unidos, as drogas praticamente estão comprometendo uma geração. Devemos combater, com veemência, este problema: nas escolas, nos ambientes de trabalho e, sobretudo, nos lares... Não podemos assistir, impassíveis, aos nossos jovens sendo vítimas de traficantes. A propaganda contra as drogas ainda é muito tímida. De meia em meia hora, a Televisão deveria combater o problema, o rádio, o Jornal... Os livros escolares deveriam, no processo de alfabetização, já começar esclarecendo a criança contra o perigo das drogas – um vírus que tem matado mais gente que os agentes viróticos mais violentos. A propaganda contra o uso de drogas tem que ser maciça – nos intervalos de shows, nas partidas de futebol, nas missas, nas reuniões espirituais...”

Observação de Rudymara: "Alegra-te, jovem, na tua juventude... Recreie-se o teu coração nos dias de tua mocidade... Anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam teus olhos. Saiba, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá conta." (Eclesiastes). Hoje, 23 de julho de 2011, a cantora Amy Winehouse foi encontrada morta (fisicamente) em sua casa em Londres. Uma jovem de 27 anos vencida pelas drogas: crack, maconha, cocaína, álcool, heroina... Substâncias venenosas que causam a morte de muitas pessoas todos os dias, de maneira direta e indireta. Oremos por ela, por todos que se encontram aprisionados a estas substâncias que levam ao suicídio, aos que se beneficiam (materialmente) com a desgraça dos dependentes e por aqueles que não fazem algo para resolver este sério problema social.



segunda-feira, 18 de julho de 2011

COMO MELHORAR A QUALIDADE DO ENSINO ESPÍRITA? - J. Raul Teixeira



P: - Como poderemos aprimorar a qualidade do ensino espírita, para que o conhecimento produza os frutos que se espera?

R: - Melhorando o nível de conhecimento dos instrutores, dos pregadores, dos professores, daqueles que, enfim, se apresentam ou são convidados para o labor de ensinar. Enquanto tivermos uma massa de companheiros pouco interessada nos fundamentos da Codificação Kardequiana, desconhecedora das reflexões dos livros clássicos do Espiritismo e com pouca disposição para os estudos, claro é que a qualidade do ensino espírita tenderá a decair sempre mais.

Ninguém poderá desejar viver uma proposta doutrinária que, por seu turno, ignora. Não se concebe alguém que se disponha a 'vestir a camisa' de uma doutrina sobre a qual jamais reflexionou.






CELIBATO



O que dizer das pessoas que, por opção, não querem formar uma família?
J. Raul Teixeira: As pessoas que optam por não formar família, por mero comodismo, acabam não ficando tranqüilas, acabam não logrando paz.
Nos casos de acomodação, embora as criaturas não queiram os compromissos e canseiras impostos por uma família, não abrem mão do prazer propiciado pela atividade sexual. Aqui os indivíduos anseiam pelos bônus da sexualidade sem os ônus dos deveres conjugais.
Em casos assim, onde a tônica é egoística, os envolvidos se comprometem não com uma companhia, mas com as diversas que façam parte do seu universo de prazeres.
Em O Novo Testamento, deparamos com o Apóstolo Paulo refletindo sobre a questão do casamento versus celibato, e sua conclusão é que “é melhor casar-se do que abrasar-se”(ICor. 7:9). Ninguém está, portanto, impedido de usufruir das estesias que a libido proporciona, contudo, que seja em bases de responsabilidade, de respeito e de amor recíprocos, a fim de que não se convertam as relações em exercícios de mal-disfarçada prostituição.
Em todo e qualquer caso, no entanto, vige o livre-arbítrio, que é o indicador dos níveis de amadurecimento e compromisso com a existência em cada indivíduo.
Todos os espíritos são programados para encontrar um cônjuge? E os que não encontram?
Não. Nem todos os indivíduos reencarnados no mundo vêm com compromissos estabelecidos para o matrimônio. Exemplos de celibato:

· Há indivíduos que reencarnam para experimentar a solidão afetiva, em nome da lei de causa e efeito. Estes casos acontecem para levar os indivíduos a reajustar emoções, disciplinar atitudes e burilar sentimentos, facultando-lhes aprender a valorizar as relações conjugais, a valorizar a família, a aprender a viver com outras pessoas;

· Há indivíduos que não encontram correspondência amorosa, em termos conjugais, em razão de compromissos de diferentes magnitudes, de grande amplitude na sociedade, trazidos à presente encarnação. São deveres que não compatibilizam com as responsabilidades do lar, perante as exigências de amplo aspecto da tarefa ou da missão esposada, desde o além. É o caso das pessoas comprometidas com profundos descobrimentos científicos, com atividades abnegadas na esfera religiosa, ou outros a exigir dedicação quase exclusiva em prol da causa social ou sócio-moral do mundo, já sabem, no seu íntimo – percebem-no por intuição – que o matrimônio estável com alguém não consta de sua “agenda” reencarnatória;

· Ocorrem também casos de celibato com almas que não sentem nada por ninguém. São emocionalmente frias, sentimentalmente mudas, inaptas para tais relações afetivas, uma vez que expiam, duramente, as posturas desdenhosas ou exploradoras do pretérito. Posições numa existência corporal geram incapacidades e bloqueios magnéticos em outras, impondo frustrações e sofrimentos.

Em casos em que o indivíduo se dê conta de que já buscou, já se insinuou, já demonstrou interesse e continua a “ouvir” um intenso silêncio nessa área, ou se nota que o que surge não é compatível com seus projetos de vida para o trabalho e para o bem, é de bom alvitre tranqüilizar a mente, assossegar a alma, entregando-se a viver seu dia-a-dia com dignidade, sem ansiedade, evitando enveredar por faixas de exploração obsessiva, considerando-se que nos disse o Cristo: “Buscai e achareis...”(Lc 11:9)
Dessa forma, quem deseja unir-se a alguém e não logra êxito, quem aspira por sentir algum tipo de atração afetiva por alguma pessoa e nada sente, por maiores esforços que realize, deve procurar tranqüilizar-se, mergulhando na ação do bem. Trabalhe, estude, desenvolva seus veios artísticos, pratique esportes salutares e sirva, em nome do amor, onde quer que se encontre. Na impossibilidade de ter uma pessoa a quem oferecer carinho, afeto, trate de tornar-se uma pessoa útil, prestativa, fraterna, simpática e jovial, deixando-se conduzir pelas mãos do Criador que pode alterar, a cada momento, os rumos de nossas existências em função do que nos seja melhor.
 
 
José Raul Teixeira

quarta-feira, 13 de julho de 2011

MILAGRE OU FENÔMENO? - Therezinha Oliveira


O que seria milagre?
A palavra milagre significa: coisa admirável, extraordinária, surpreendente. Popularmente, porém, por milagre entende-se: fato sobrenatural (que está além e fora da Natureza), algo inusitado e inexplicável, uma derrogação das leis da Natureza, pela qual Deus daria mostra de seu poder.

A explicação espírita dos milagres
Antigamente, havia coisas consideradas como maravilhoso ou sobrenatural. Algumas nem eram fatos reais, mas apenas crendices ou superstições sem fundamento. Outras eram fenômenos verdadeiros (fatos naturais) e foram consideradas milagres por estarem mal explicadas ou serem desconhecidas as suas causas.

O círculo do maravilhoso ou do sobrenatural vem diminuindo ao longo dos tempos, pelo progresso do conhecimento humano, através:

- da Ciência, que revela as leis que regem os fenômenos do campo material;

- do Espiritismo, que revela e demonstra a existência dos espíritos e como agem sobre os fluidos, explicando certos fenômenos como efeitos dessa causa espiritual.

As curas realizadas por Jesus, por exemplo, foram consideradas pelo povo como milagres, no sentido que a palavra tinha na época: o de coisa admirável, prodígio.
Atualmente, o Espiritismo esclarece que os fenômenos de curas se dão pela ação fluídica, transmissão de energias, intervenção no perispírito, e permite examinar e compreender as curas realizadas por médiuns (espíritas ou não) ou por pessoas dotadas de excelente magnetismo. Essa explicação não diminui nem invalida as curas admiráveis, feitas por Jesus; pelo contrário, leva-nos a reconhecer que Jesus tinha alto grau de sabedoria e ação, para poder acionar assim as leis divinas e produzir tais fenômenos.

Em conclusão
Os fatos como milagres nada mais são do que fenômenos; fenômenos que estão dentro das leis naturais; são efeitos cuja causa escapa à razão do homem comum. Podem ocorrer sempre que se conjuguem os fatores necessários para isso.
Se há coisas que parecem inexplicáveis para nós, é porque nosso grau de evolução na atualidade ainda não nos possibilita a compreensão desses fenômenos.
E se não produzimos com facilidade fenômenos como esses, é porque ainda não desenvolvemos suficientemente as nossas faculdades espirituais.
Mas tudo que acontece está sempre dentro de leis divinas. Leis que, sendo perfeitas e imutáveis, não podem nem precisam ser derrogadas, anuladas.

Exemplo de Rudymara: O bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, quando desbravava em 1682 o atual Estado de Goiás pelo Rio Araguaia, encontrou uma aldeia indígena onde as índias usavam adornos de ouro e recusavam informar a procedência dele. Para assustá-los e obrigá-los a dizer onde eles retiravam o ouro Bartolomeu colocou fogo numa tigela contendo aguardente fazendo-os pensar ser água, e ameaçou colocar fogo em todos os rios e fontes. Admirados, achando que Bartolomeu tinha poderes sobrenaturais, os índios informaram o local. Então, podemos concluir que, muitos de nós ainda nos comportamos como aqueles índios. Por desconhecer o fenômeno natural dizemos que foi milagre.






sábado, 9 de julho de 2011

OS ESPÍRITAS REZAM A AVE-MARIA? Divaldo responde


Haveria motivo para se rezar a Ave- Maria?

Divaldo responde: Repetir a saudação evangélica é uma forma também válida de homenagem aquela que foi a mãe de Cristo e que nos proporcionou a honra de receber o Ser mais perfeito que esteve na Terra. Todo bom pensamento é edificante, todo bom sentimento é uma ponte entre a criatura e o Criador. Nós, espíritas, porém, não usamos essa forma de oração.
“Os Espíritos hão dito sempre: "A forma nada vale, o pensamento é tudo. Ore, pois, cada um segundo suas convicções e da maneira que mais o toque. Um bom pensamento vale mais do que grande número de palavras com as quais nada tenha o coração. Os Espíritos jamais prescreveram qualquer fórmula absoluta de preces. Quando dão alguma, é apenas para fixar as idéias e, sobretudo, para chamar a atenção sobre certos princípios da Doutrina Espírita. Fazem-no também com o fim de auxiliar os que sentem embaraço para externar suas idéias, pois alguns há que não acreditariam ter orado realmente, desde que não formulassem seus pensamentos. O Espiritismo reconhece como boas as preces de todos os cultos, quando ditas de coração e não de lábios somente. A qualidade principal da prece é ser clara, simples e concisa, sem fraseologia inútil, nem luxo de epítetos, que são meros adornos de lentejoulas. Cada palavra deve ter alcance próprio, despertar uma idéia, pôr em vibração uma fibra da alma. Numa palavra: deve fazer refletir. Somente sob essa condição pode a prece alcançar o seu objetivo; de outro modo, não passa de ruído.” (O Evangelho segundo o Espiritismo)

 
Observação: O espírita precisa buscar entender porque não precisa fazer mais uso de amuletos, patuás, imagens, escapulários, promessas, rezar repetidas vezes preces prontas, fazer novenas, acender velas, mandar rezar missas de 7º dia, batizar, casar no templo religioso, etc., só assim não ficará dividido entre as religiões. O espírita precisa ajudar a renovação das idéias religiosas e não conseguirá isso, se não buscar o que desconhece, ocultar sempre o que já conhece e ceder sempre aos costumes religiosos tradicionais.
“Conheça a Verdade e a Verdade vos libertará.”- recomendou Jesus







 

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A VOLTA - história que comprova a reencarnação

A reencarnação, outrora uma crença de cerca de 2/3 da população mundial é hoje uma evidência científica insofismável, sustentada pela enorme pesquisa efetuada a nível mundial, principalmente nos últimos 60 anos. Hoje, vamos abordar um caso investigado nos EUA, onde, uma criança lembra-se de uma vida passada, onde teria sido um piloto de guerra americano, abatido pelos japoneses.
Estado do Lousiana, EUA. a família Leininger acredita que o seu filho, James, hoje com 11 anos, é a reencarnação de um piloto de avião de combate que participou da II guerra mundial.Desde os 2 anos de idade que James começou a vivenciar lembranças que seriam do tenente James McCready Houston, que aos 21 anos, em 1945, foi abatido na batalha de Iwo Jima. Aos 25 anos, ele e a mãe foram comprar um brinquedo. Um avião, claro. A mãe, Andrea, pegou um modelo e disse-lhe que na parte inferior havia uma bomba. Para surpresa da mãe, o menino afirmou que não era uma bomba, mas um pequeno tanque de combustível. A família nunca teve militares entre os seus e, até então, nenhuma ligação com aviões.
O pequeno James, que sempre teve um interesse extraordinário por aviões, começou a ter estas recordações depois de visitar o Museu de Aviões Kavanaugh, em Dallas, no Texas. Alguns meses depois da visita, James começou a ter pesadelos com a queda de um avião e fogo. E gritava que o piloto não conseguia deixar a aeronave. James continuava a dar indicações sobre uma vida anterior. Quando a mãe serviu bolo de carne, que ele nunca tinha visto ou comido, disse que não comia aquele prato desde Natoma.
O menino ainda disse que chamava-se James Houston e citou o nome de um colega da tropa.
O pai do pequeno, Bruce, começou a pesquisar e descobriu o nome de um navio chamado Natoma Bay, que lutou na batalha de Iwo Jima. Um de seus tripulantes era James Houston. Bruce também descobriu que o avião de Houston fora abatido pelos japoneses em 3 de Março de 1945. Tais informações foram confirmadas por outro piloto, que voava ao lado do falecido James Houston Jr. durante uma incursão perto de Iwo Jima, em 3 de Março de 1945.
Os Leiningers encontraram uma parente e conhecidos de James McCready Houston.

No dia em que a humanidade tiver consciência da realidade da reencarnação, operar-se-á na Terra uma revolução, superior à revolução industrial.
Esta história, recheada de ricos detalhes, encontra-se relatada no livro “Soul Survivor: The Reincarnation of a World War II Fighter Pilot", algo como "A alma sobrevivente: A reencarnação de um piloto de combate da II Guerra Mundial", que foi traduzida para o português, no Brasil, com o título "A Volta", da editora Best Seller.
Este caso foi amplamente debatido na TV ABC nos EUA.
Este e milhares de outros casos, estudados nestes últimos 60 anos, vêm de encontro à crença na reencarnação da grande maioria da população do planeta Terra, crença esta baseada em factos, de tal ordem insofismáveis, que levaram o notável cientista, recentemente falecido, o médico psiquiatra americano, Ian Stevenson afirmar numa entrevista à Notícias Magazine, em Portugal: "Hoje em dia, qualquer pessoa pode acreditar na reencarnação, com base em provas".
No dia em que a humanidade tiver consciência da realidade da reencarnação operar-se-á na Terra uma revolução superior à revolução industrial, vaticinou o eminente cientista, vindo assim de encontro aos postulados da Doutrina Espírita (ou Espiritismo).
Nessa altura deixará de fazer sentido o racismo, a xenofobia, a diferença de classes ou de género, já que o ser humano entenderá que o Espírito nasce no corpo, no país, na condição social, na polaridade sexual que lhe é mais útil para a sua evolução espiritual.

"Nascer, morrer, renascer ainda, progredir sempre, tal é a lei".


Artigo de José Lucas que está no blog http://artigosespiritaslucas.blogspot.com






sexta-feira, 1 de julho de 2011

CHICO XAVIER NÃO FOI KARDEC


 
Porque é que há tanto mistério em torno de Allan Kardec? Nas «Obras Póstumas», que não faz parte da codificação, diz que ele voltaria para completar a sua obra. Uns dizem que o Allan Kardec poderia ter sido o Chico, outros dizem que podia ser o Divaldo Franco porque tem todo o perfil de educador, outros dizem que podia ser o Raul, outros dizem que ele está no mundo espiritual, se está porque é que ele não se comunica, se ele se comunica, se usa pseudônimos ou não usa, porquê tanto mistério quando as coisas são tão simples?

J. Raul Teixeira – Existem nessas suas abordagens algumas questões equivocadas. Há muitos anos, Chico Xavier disse-me, pessoalmente, numa conversa que tivemos em Uberaba, que a mensagem mais autêntica de Allan Kardec que ele tinha lido, tinha sido recebida pela médium brasileira D. Zilda Gama, professora, que se achava num livro chamado «Diário dos Invisíveis». Eu procurei esse livro, que está esgotado, encontrei-o e estava lá a mensagem de Allan Kardec. Depois disso, nós tivemos uma mensagem de Allan Kardec recebida por vários médiuns na França, no Brasil. Como é que nós podemos dizer que o Chico Xavier é Allan Kardec se ele dizia que a D. Zilda Gama recebera a mais autêntica mensagem? Se enquanto Chico estava encarnado outros médiuns receberam mensagens de Allan Kardec? O «Reformador» publicou essas mensagens. Então, não é que nós queiramos fazer complexidade, é que as pessoas ficam tirando proveito da ignorância alheia. Quanto menos o povo sabe, eu posso dizer as minhas tolices. Agora as pessoas dizem isso, alegam que era por ele ser humilde; então ele enganou-me, porque podia ser humilde e não dizer nada. Mas se ele me disse aquela mensagem, ele era merecedor de crédito, eu não podia duvidar do que falava. Se ele diz a outras pessoas a mesma coisa, ele não podia estar a fingir, senão eu perco o crédito que eu dava à mediunidade de Chico Xavier e ao homem que ele era. De modo que não existe confusão, existem exploradores. O Chico estando desencarnado, toda a gente fala dele o que bem entende, o que bem deseja, e ele não está aí para defender-se, de modo que nós, os espíritas é que temos de ter bom-senso, e bom-senso e água fluidificada não nos fazem mal jamais. Eu não posso acreditar em tudo o que dizem, eu tenho que ver aquilo que tem senso, que tem nexo, e se Allan Kardec estivesse aqui reencarnado, qual seria a vantagem disso para nós? O nosso problema é viver o Espiritismo e não Allan Kardec. Porque também já dizem que Jesus Cristo está aqui reencarnado, e no Brasil há um que diz ser Jesus Cristo.


Entrevista concedida pelo Dr. José Raul Teixeira ao Jornal de Espiritismo, da ADEP, Portugal, no 6º Congresso Espírita Mundial, Valência, Espanha, Outubro 2010)


Observação: Ontem, 30 de junho fez 9 anos da desencarnação de Chico Xavier. Para nós do Grupo de Estudo "Allan Kardec" pouco importa se Chico foi ou não foi Kardec, o que importa é que ambos foram muito importante para o Espiritismo, cada qual na sua época. Só podemos e devemos deixar aqui nosso eterno agradecimento.